BOA NOTÍCIA...

A cidade toda conhecia a fissura de Chico Coêlho por dar lotes. Dar lotes… era o modêlo vigente. Porém me incomodava o fato de não existir um conjunto habitacional padronizado em Balsas. No início do meu mandato, me pronunciei na Câmara porque tenho a convicção de que dar lotes sem outras condições é favelizar a cidade. Tive a coragem de me pronunciar contra isso da tribuna, de dizer por exemplo que o projeto de moradia da administração era medíocre e sem rumo apesar da generosidade do prefeito. Chico zangou, uma vereadora esperneou e eu sustentei a tese sozinho porque nessas horas o vereador faz um vôo solo na Câmara! Em Brasília-, fui ao gabinete do deputado Washington do PT e lembrei a ele (na presença dos vereadores) que o Presidente Lula tinha flexibilizado as obras do PAC, isto é, não precisava mais a prefeitura mostrar a CND - Certidão Negativa de Débitos para receber qualquer obra do PAC. Logo que chegamos de Brasília fiz um expediente - com uma robusta exposição de motivos para a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, invocando os merecimentos da cidade e tentando candidatar Balsas para receber também as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A ministra respondeu mas não agendou nada com a cidade. Mas ai, algum tempo depois, por uma razão que talvez nunca saberemos, a cidade ganhou a primeira obra do PAC - o Minha casa, Minha vida. Encontra-se já em construção 400 casas e virão mais 400 - todas padronizadas como nas outras cidade e como eu propugnava para os sem-teto. E, diga-se, isso é nada ou quase nada frente ao nosso déficit habitacional; nada ou quase nada para uma cidade que ajudou Lula a pagar a dívida externa do País. Cumpri meu dever de me pronunciar. Com alegria vejo que o Chico nas entrevistas já diz que ele quer dar agora é casa bôa e não só o lote. Um ajuste na fala; um upgrade ideológico. Quando as casas ficarem prontas eu volto à tribuna com este tema, espero que tendo que ajustar agora o meu discurso.